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Situações Pulmonares na Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono

Chibante, AMS – Pulmão RJ, 2010

A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma condição frequente que atinge cerca de 30% da população, porém ainda pouco diagnosticada. Capaz de se desenvolver em associação a determinadas situações pulmonares pode levar a conseqüências ainda mais sérias para o organismo. A tendência em suspeitar de SAOS apenas em indivíduos com sobrepeso pode contribuir para queda do seu diagnóstico, já que a obesidade não é condição obrigatória para a sua presença. Indivíduos com Índice de Massa Corporal (IMC) normal ou levemente aumentado podem apresentar apneia do sono, conforme observado em portadores de Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI). A presença de SAOS em indivíduos com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (Bronquite Crônica e Enfisema) ou Asma Brônquica é ressaltada por vários autores que alertam para as consequências respiratórias subsequentes a tais associações. Estudos recentes apontam para a concomitância de SAOS em portadores de doenças proliferativas, tais como Sarcoidose e FPI. Hipertensão arterial pulmonar é uma constatação relativamente freqüente neste tipo de pacientes, mesmo na ausência de enfermidades cardíacas ou pulmonares concomitantes.

A tendência atual é considerar a SAOS como doença sistêmica, pois está envolvida com transtornos multi-setoriais ao invés de ser um problema puramente localizado.

A mobilização de elementos inflamatórios em apneicos, tanto no período noturno como durante o dia, configura o portador de SAOS como um indivíduo continuamente inflamado, portanto passível de repercussões sistêmicas mais amplas, o que reforça a opinião de uma série de estudos recentes ligando intimamente SAOS e Síndrome Metabólica.

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